Escola Estadual Professor Manuel Rufino
“Educando para a vida”
Professora: Raquel Natalia V.
Mayrink
Francielle Auxiliadora
Maurício Neves – 04
Tiago da Silva Roberto – 37
1° ano
A
Urucânia, 17 de
Junho de 2013
Introdução
Na América, a organização de sociedades mais complexas, como a dos
Astecas, Maias e Incas, não ocorreu ao mesmo tempo.
Antes da chegada dos europeus a partir do século XV, calcula-se que havia
na América cerca de oitenta e oito milhões de habitantes, divididos em pelo
menos três mil nações indígenas. Muitas nações eram aparentadas, outras tinham
características bem diferentes. Alguns povos, na verdade a maioria, era
seminômade, vivendo da caça, da pesca, da coleta e de uma agricultura muito
simples, baseada no cultivo da mandioca e do milho. Outros povos já eram muito
avançados, alcançando o estágio de civilização como os maias, os incas e os
astecas.
Astecas
Povo
Os astecas (1325 até 1521- a forma azteca também é usada) foram uma
civilização
mesoamericana, pré-colombiana,
que floresceu principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território
correspondente ao atual México.
Na sucessão de povos mesoamericanos que deram origem a essa civilização
destacam-se os
toltecas, por suas conquistas civilizatórias,
florescendo entre o
século X e o
século XII seguidos pelos chichimecas
imediatamente anteriores e praticamente fundadores do Império Asteca com a
queda do
Império Tolteca.
Economia
Ao longo da expansão do povo
asteca, a agricultura foi se tornando a sua principal atividade econômica.
Mesmo habitando uma região com terrenos alagados, desenvolveram técnicas agrícolas
que superavam as limitações naturais da região. Uma interessante técnica
agrícola desenvolveu-se com a construção das chinampas.
As chinampas eram grandes
esteiras de junco sustentadas por hastes fixadas no fundo dos lagos. Na
superfície da chinampa era depositada a fértil lama encontrada no fundo dos
lagos. Dessa forma foi possível ampliar a produção agrícola.
Além disso, os astecas também utilizaram de canais de irrigação que
tornavam possível o plantio em regiões menos férteis. O comércio também
figurava entre uma das principais atividades da economia asteca. Em grandes
mercados, como o de Tlatelolco, pessoas realizavam trocas de artesanatos,
alimentos, pequenos animais, utensílios e ervas medicinais. Além de realizarem
o comércio através do escambo, também utilizavam a semente do cacau como uma
moeda de troca.
Sociedade
Os Astecas não eram uma sociedade escravista, ou seja, os escravos eram
apenas uma pequena parcela da população, isto porque os escravos que
trabalhavam eram apenas os camponeses endividados (servos) que não conseguiam
quitar suas dívidas, só aumenta-las. Os filhos de escravos não eram escravos e
podiam ir à escola.
Os Astecas se dividiam em clãs, os membros dos clãs recebiam um lote de
terra ao casar, os garotos podiam se tornar guerreiros (mesmo que fossem filhos
de servos ou escravos) e com sorte se tornarem guerreiros jaguar ou águia, o
mais alto nível militar, com direitos aristocráticos, parte do grande conselho.
É interessante o fato de os
camponeses poderem se tornar nobres na sociedade Asteca.
Política
O rei dividia o governo
com a Mulher Serpente. Ele era encarregado pelas relações exteriores e assuntos
de guerra, ao mesmo tempo a Mulher Serpente respondia pelas leis da cidade,
impostos, alimentos e construções.
Também havia um
conselho de chefes para orientar o rei e a Mulher Serpente,encarregada de
eleger o rei. A Mulher Serpente (na verdade a Mulher Serpente era um homem) era
o funcionário mais importante do rei.
A função do rei era receber o tributo das cidades conquistadas,
recompensar guerreiros e distribuir cereais ao povo, nas épocas de colheita
escassa.
Religião
Desde os indígenas do México, os Astecas foram os que mais cultuaram seus
Deuses.
À época da chegado dos Espanhóis, a religião Asteca era uma síntese de
crenças e cultos. Os Deuses agrários dos povos agrícolas do centro do México
fundiram-se com os Deuses astrais dos povos guerreiros bárbaros.
Um dos tipos de Cerimônia de Sacrifício Humano era: Que o mais bravo dos
prisioneiros de guerra era sacrificado a cada ano.
No dia de sua morte, ele tocava flauta no cortejo. Sacerdotes e quatro
belas moças acompanhavam-no.
Cultura
Embora fossem herdeiros
culturais de outras grandes civilizações, os Astecas conseguiram desenvolver
técnicas e conhecimentos bastante elevados. A arquitetura sobressaiu na
construção de monumentos, diques e aquedutos. Na arte da ourivesaria eram
mestres.
Os sacerdotes, astrônomos e astrólogos Astecas tinham com um de seus
deveres contemplação do céu e o estudo do movimento dos astros.
Os livros eram importantíssimos, os colégios dos nobres e os palácios
possuíam volumosas bibliotecas.
A escrita era uma mistura de ideografia com a escrita fonética, pois
alguns caracteres derrotaram idéias e objetos, e outros, designavam sons.
No Calendário se encontram
representadas a cosmogonia e a cronologia dos antigos mexicanos. Ao centro
destaca-se o Sol (Deus Tonatiuh) sedento de sangue com o signo nauiollin,
símbolo do nosso universo.
Os quatro braços da Cruz de Santo André, correspondentes ao signo Ollin,
contêm os símbolos dos quatro antigos Sóis. Em torno destes hieróglifos,
círculos concêntricos mostram os signos dos dias (vide abaixo), os anos,
representados pelo glifo xiuitl composto de 5 pontos, sendo 4 em cruz e mais
outro no meio e, enfim, duas "serpentes de turquesa", isto é, os dois
períodos de 52 anos que correspondem aos 65 anos do planeta Vênus, os dois
constituindo o ciclo de 104 anos denominado ueuetiliztli ("velhice").
Os astecas tinham conhecimentos precisos sobre a duração do ano, a
determinação dos solstícios, as fases e eclipses da Lua, a revolução do planeta
Vênus e diversas constelações, como as Plêiades e a Grande Ursa. Eles atribuíam
uma atenção especial à mensuração do tempo, numa aritmética que tinha como base
o número 20.
Ao fim de cada período de 52 anos, acendia-se o "Fogo Novo" no
cimo da montanha de Uixachtecatl. Isto era denominado "liga dos
anos". Era comemorado como um verdadeiro "Reveillon" místico com
sacrifícios, danças, renovação de utensílio domésticos etc.
O
Códice Borbônico asteca mostra os deuses Tezcatlipoca e Quetzalcóatl, este em
sua forma de serpente verde devorando um homem. A ilustração mostra a
importância do sacrifício humano na religião asteca, assim como a lenda de que
Quetzalcóatl, o deus desterrado por Tezcatlipoca, voltaria para comandar os
astecas.
Mapa para localização
Maias
Povo
Os povos maias constituem um conjunto diverso de povos
nativos americanos
do sul do
México e da
América Central: setentrional. O termo maia é
abrangente e ao mesmo tempo uma designação coletiva conveniente que inclui os
povos da região que partilham de alguma forma uma herança cultural e
linguística; porém, esta designação abarca muitas populações, sociedades e
grupos étnicos diferentes, cada um com as suas tradições particulares, culturas
e identidade histórica.
Estima-se que no início do século XXI esta região seja habitada por 6
milhões de maias. Alguns se encontram bastante integrados nas culturas modernas
dos países em que residem, outros continuam a seguir um modo de vida mais
tradicional e culturalmente distinto, muitas vezes falando uma das
línguas maias como primeiro idioma.
Economia
O milho era considerado um dos
principais gêneros agrícolas da dieta alimentar maia. Seu cultivo contava com
técnicas bastante desenvolvidas que trabalhavam em um sistema rotativo de
terras. Além disso, utilizavam das queimadas para explorarem terras ainda não
cultivadas.
O grande consumo do milho e o uso das queimadas faziam com que as terras
férteis sofressem um rápido processo de desgaste.
Além do milho, a abóbora, o feijão, o tomate e várias raízes eram
alimentos usualmente consumidos pelos maias. A culinária maia também apreciava
o uso de temperos e especiarias. A baunilha, a pimenta e o orégano eram
produtos utilizados no tempero dos alimentos.
A caça era outra atividade econômica de grande
importância. Antas, tartarugas, coelhos, macacos, veados e jaguares eram os
principais tipos de caça apreciados.
Sociedade
A sociedade maia tinha uma
organização bastante diferente dos demais impérios consolidados ao longo do
continente americano. Organizando-se de forma descentralizada, os maias
dividiam o poder político entre diversas cidades-Estado. Em cada uma delas, um
chefe, chamado de halach vinic, governava a região em nome de uma divindade
específica.
Seu poder era repassado hereditariamente e os principias cargos administrativos
eram por ele delegados. Os funcionários
públicos da cidade eram todos de origem nobiliárquica e desempenhavam cargos de
confiança. Entre outras funções, este corpo de funcionários deveria controlar
os exércitos, fiscalizar a arrecadação de impostos e a aplicação das leis.
Outro importante cargo era desempenhado pelos sacerdotes, que orientavam
os sacrifícios e oferendas realizadas durante as cerimônias religiosas. Além
disso, a classe sacerdotal maia deveria cuidar da disseminação das técnicas e
conhecimentos dominados pela civilização.
Na pirâmide social maia, existia uma ampla camada social intermediária.
Nela encontravam-se artesãos e guerreiros que exerciam atividades importantes
na manutenção das instituições e da economia maia. Em seguida, situavam-se as
classes trabalhadoras responsáveis pelo cultivo das terras e da construção das
obras públicas.
O trabalho por eles desempenhado era usufruído por toda a sociedade,
tornando-se assim, o sustentáculo da economia maia. Na base da sociedade
estavam os escravos, geralmente obtidos por conquistas militares e o não
pagamento de tributos.
Durante o período clássico, o
governante de uma província era chamado Ahau Te’ e os senhores governantes dos
povos da província, eram chamados Sahl.
No final deste período, já adentrando a era
pós-clássica, existiu um governo de províncias confederadas chamado Multepal.
Sob este sistema político existiam duas grandes hegemonias localizadas,
primeiramente na cidade de Chichén Itzá e em Mayapán, tempos depois. O comando
estava a cargo de vários chefes ligados por um conselho de governo.
Religião
Os maias, ao serem influenciados pela tradição cultural dos povos
olmecas, difundiram uma concepção de mundo onde a contagem cíclica do tempo era
fundamental. A observância do movimento dos astros e dos fenômenos climáticos
trazia ao pensamento religioso maia uma noção de que os fenômenos eram marcados
por uma repetição. A circularidade temporal influenciava, até mesmo, a origem
do homem na terra.
Segundo o Popol Vuh, livro sagrado dos maias, os deuses criaram primeiro
os seres que não possuíam consciência de si e, por isso, não poderiam
adorá-los. O homem surgiu após dois grandes dilúvios, que varreram as primeiras
versões humanas feitas a partir de barro e madeira. Na terceira e última
tentativa, os deuses resolveram criar o homem a partir do milho, ofereceram a
ele a consciência de si e seu sangue foi obtido dos próprios deuses.
Para merecerem a dádiva de sua própria existência, os homens deveriam
reverenciar os deuses.
O mundo terreno seria a base de outros 13 extratos celestiais que representariam
uma escada que conduziria os indivíduos à morada dos deuses. Os templos maias,
inspirados nesta escada para o céu, possuíam degraus que alcançavam um
determinado topo. Durante os rituais religiosos, a subida do sacerdote ao topo
do templo representava a aproximação destes homens com os deuses.
Segundo a cosmogonia maia, o mundo era plano e dividia-se entre quatro
regiões de diferentes cores. Além da
realizada terrena e celestial, os maias também acreditavam na existência de um
submundo habitado pelos mortos. Ah Puch, O Descarnado, era a divindade que
controlava esse local.
O principal deus dos maias era Itzmana, considerado o rei dos céus.
Ixchel, esposa de Itzmana, era uma deusa responsável pelas chuvas e também
pelas inundações.
Os maias ainda faziam reverências a outros deuses e elementos da
natureza. Os rituais religiosos eram de suma importância para os maias. Sem
essas manifestações, os deuses e o universo poderiam vir a desaparecer. Além de
preservar a existência do mundo espiritual, os rituais também deveriam
apaziguar as divindades com o oferecimento de flores e alimentos. Outro
importante aspecto dos rituais religiosos dos maias envolvia o oferecimento de
sacrifício humano e animal.
A principal importância do sacrifício era a oferenda do sangue, que
saciaria a fome dos deuses.
Em geral, um escravo, um inimigo de guerra ou uma virgem eram utilizados
durante os sacrifícios humanos. Os sacrificados poderiam ter seu coração
extraído, ser executado à flechadas ou afogado em um rio.
Durante alguns rituais, a cabeça de um sacrificado era utilizada para a
prática de um jogo que representava o movimento e a importância dos astros na
manutenção do equilíbrio universal.
Nas cidades
maias eram erguidos templos de adoração. Neles ocorriam grandes celebrações
públicas que marcavam diferentes épocas do calendário maia. O ano novo, por
exemplo, era celebrado por uma diversidade de ritos que faziam referência ao
nascimento e à fertilidade.
É importante também citar os rituais funerários, que indicavam a crença
maia na vida após a morte. Os mortos eram preparados para uma espécie de viagem
para uma outra existência. Nas sepulturas eram colocados alimentos e utensílios
pessoais que, segundo a religião maia, poderiam ser utilizados pelo morto
durante a sua viagem. Em alguns casos, escravos e mulheres eram juntamente
sacrificados para acompanhar o morto durante sua jornada.
Mapa para localização
Incas
Povo
O império incluía regiões desde o extremo norte como o
Equador e o sul da
Colômbia, todo o
Peru
e a
Bolívia, até o noroeste da
Argentina e o norte do
Chile.
A capital do império era a atual cidade de
Cusco
(em
quíchua,
"Umbigo do Mundo"). O império abrangia diversas nações e mais de 700
idiomas diferentes, sendo o mais falado o quíchua.
O padrão de organização social, que denomina de "império teocrático
do regadio", semelhente aos formados há mais ou menos dois mil anos na
região
Mesopotâmia ou às
civilizações que se desenvolveram na
Índia e
China mil anos
depois e às civilizações
Maias e
Astecas na meso-américa
Esse tipo de formação imperial caracteriza-se pela tecnologia de
irrigação (
regadio),
desenvolvendo sistemas de engenharia hidráulica, agricultura irrigada (exceção
talvez dos Maias que apenas possuíam o domínio do transporte das águas),
metalurgia do cobre e bronze, técnicas de construção (com deslocamento e cortes
de pedras até hoje desconhecidos), notação numérica (
quipos),
escrita ideográfica (no caso dos astecas) e técnicas de comunicação.
Devido ao seu governo centralizado, a organização social do império inca
é freqüentemente comparada àquela idealizada por regimes socialistas.
Economia
O comércio dos incas era precário, não havia moeda. Mas havia feiras de troca,
onde se trocavam alimentos por outros alimentos ou receber alimentos em troca
de serviços prestados. Na maioria das vezes, isso era dispensado, porque o povo
era autossuficiente. Utilizavam de um sistema numérico desenvolvido por eles um
equipamento para ajudar a contagem: três cordas equivale a dezena, centena e
milhar, chamada “quipes”. Apenas alguns funcionários especializados tinham
acesso e os manipulavam.
Os camponeses e artesãos garantiam a circulação de mercadorias que
geravam uma rica cultura material.
A agricultura foi marcada por ser bastante desenvolvida naquela época. Na
agricultura utilizavam-se plantações em quatro regiões produtivas: a serra,a
costa e a margem da selva.
Na serra com uma altitude de 3500 metros é uma zona fria e seca, necessitando
de escavações nas ladeiras das serras para formar pequenos aterros suportados
por muros de pedra.Sobre eles se colocava terra boa e adubo(produzido pelas
aves marinhas).Eram irrigados por meio de canais.Os alimentos produzidos eram
milho,arroz peruano e coca.
Na puna, uma região fria e desértica, a mais de 5000 metros de altura havia a criação de alpacas e lhamas e se cultivava
batata e pimentão.A irrigação era natural, por meio do descongelamento.
Na costa, uma região árida e seca, da onde se obtinha mariscos, peixes, abóbora,
abacates, cacau e amendoim, usavam-se canais de irrigação construídos e para a
fertilização da terra.
Na margem da selva, uma zona úmida e quente, obtinham-se produtos tropicais
como: frutos, ervas comestíveis, fungos, mel, aves, rãs, lebres e madeira.
Na costa das montanhas, nos degraus formados nelas (terraços), os incas
plantavam feijão e milho (alimento sagrado) por meio de canais de irrigação (por
meio de diques e aqueduto) em todas as regiões produtivas, em que o curso do
rio seguia para as aldeias. Para semear tais regiões situadas em qualquer
relevo, eram usadas umbas tão pontiagudas, já que desconheciam o arado.
Os animais, como lhamas, uicunhas e alpacas eram utilizados na fabricação
de lã e couro (gado) e ainda auxiliavam no transporte. Porcos e
cachorros-do-mato eram considerados em importância secundária.
Entretanto, havia uma hierarquia: o Imperador possuía uma propriedade: a
terra; que era repartida entre os seus súditos.
As terras reservadas ao Inca e aos sacerdotes eram cultivadas pelos
camponeses, que recebiam terras suficientes para subsistir. Eram doadas por funcionários
que compunham o “ayllu”, uma comunidade agrária em que havia trabalho agrícola,
serviço militar e demais obras organizadas por um líder mais velho denominado
curaca. Cada uma possuía um grande armazém que estocava alimentos e roupas, utilizados
em qualquer eventualidade.
Sociedade
A sociedade inca caracterizava-se por
três grandes grupos sociais. No ápice da pirâmide temos o grande Inca o qual
realizava o culto ao Sol. Os sacerdotes eram responsáveis por sacrifícios,
adivinhações e também pela educação de jovens nobres.
Em seguida vinham os nobres que
geralmente eram membros da família do Inca, ou descendentes dos chefes de clãs
que passaram a integrar o império. Foram chamados de orejones pelos espanhóis
porque usavam olhereiras.
Os yanaconas eram uma espécie de
escravos selecionados entre prisioneiros de guerra ou populares que eram
encarregados de proteger seus senhores, administrarem terras do Templo do Sol e
os armazéns de abastecimento.
Somente altos funcionários e chefes
militares podiam ter a seu serviço os yanaconas os quais, é importante lembrar,
podiam possuir bens, o que não nos permite confundi-los com escravos. Apenas um
dos filhos do yana era escolhido para continuar a atividade do pai. Alguns
viviam em meio ao fausto de Cuzco enquanto outros serviam curacas pobres em
regiões distantes.
Algumas mulheres também eram escolhidas
para serem educadas nos monastérios do Sol por mulheres mais velhas e
descendentes da etnia dos incas. Algumas se tornavam esposas secundárias do
imperador, outras eram dadas em casamento a quem o imperador desejasse e outras
permaneciam virgens para poder participar do culto solar. Ao lado da atividade
ritual estas mulheres também se dedicavam a fiar e a tecer. O número delas por
vezes era tão grande (perto de 2000 mil), que permitia uma produção que
escapava a política de reciprocidades tradicionais. O mesmo ocorria com a
produção dos yana favorecendo a desagregação das antigas formas de
solidariedade social.
Portanto as relações sociais estavam em
transformação indicando uma tendência de transformação do Estado. O povo tinha
um papel extremamente importante na sociedade na medida em que era responsável
pela sobrevivência alimentar através do cultivo da terra e, também, pelas
guerras que faziam parte das formas de controle da produção em uma área bastante
extensa.
As terras eram divididas em três
partes. Os produtos obtidos do cultivo da primeira parte eram oferecidos ao
culto do Sol, os da segunda parte para o Inca e os da terceira parte para a
comunidade.
Política
Todo inca era obrigado a trabalhar para
o império em prol da prosperidade do mesmo e seu dever com os deuses.
O modo de produção era semelhante ao
asiático, ou seja, a base da economia era a agricultura, exercida por
camponeses com o direito e dever de cultivar as terras de sua comunidade.
Não havia apenas uma moeda; a compra e
venda era feita por meio de trocas e escambo, o qual usualmente envolvia
sementes, conchas e outras mercadorias. Havia pouca troca à base de “moeda”.
As diferentes classes se relacionavam através de, por exemplo, o ato do
inca oferecer esposas aos curacas, e estes oferecerem esposas secundárias ao
imperador.
A complexidade não era apenas na divisão populacional. No tahuantinsuyu
também era assim: o território total era dividido em 4 partes, chamadas de
suyus.
O suyu do norte era chamado de chicasuyu, o do sul era Kollasuyu, do
leste Antisuyu e do oeste, Kuntinxugu. Cada um era um reino independente,
liderado por um Apu. Os Suyus eram divididos em grandes estados e cada um tinha
um governador.
Os estados, por sua vez, eram divididos em regiões, que podiam ser
cidades ou aldeias habitadas por Ayllus. Quando alguém nascia, recebia uma
quantidade de terra suficiente para seu sustento. Quando morria, a terra era
devolvida ao governo.
Mapa para
localização
Conclusão
Quando Colombo chegou à América, aproximadamente em 1492, encontrou o
continente habitado há muito tempo por várias civilizações e povos. Os povos
pré-colombianos apresentavam diferentes estágios de desenvolvimento cultural e
material, classificados em sociedades de coletores, caçadores e sociedades
agrárias.
Dentro desse segundo grupo, três culturas merecem maior destaque: os Astecas,
Incas e Maias. Alcançaram notáveis conhecimentos de astronomia e matemática,
além de dominar técnicas complexas de construção, metalurgia e cerâmica e
diferentes técnicas na agricultura.
Dessa forma, enquanto o fim da cultura maia é até hoje um mistério,
sabemos que os povos astecas e incas decaíram perante a conquista espanhola.
Bibliografia
·
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