O papel de certas
habilidades de consciência fonológica na apropriação do SEA.
O Desde a década de 1970, pesquisas feitas em
diversos países vêm demonstrando que existe uma relação entre o que se passou a
chamar consciência fonológica e o aprendizado da escrita alfabética. (Ano 1 –
p. 20)
Mas, afinal, o que é consciência fonológica?
*[...] conjunto
de habilidades de refletir sobre a palavra, considerando as partes sonoras que
a constituem e podendo operar mentalmente sobre tais partes (MORAIS,2010).
*Além de usar as
palavras para nos comunicar, podemos assumir diante delas uma atitude
metacognitiva, refletindo sobre sua dimensão sonora. (Ano 1, p.20)
*Estudos que
acompanharam crianças no último ano da educação infantil ou no primeiro ano do
ensino fundamental (FREITAS, 2004; MORAIS, 2004, 2010; LEITE, 2011) constataram
que, à medida que avançavam em direção a uma hipótese alfabética de escrita, as
crianças também tendiam a avançar em suas capacidades de refletir sobre as
partes sonoras das palavras. (Ano 1, p.22)
As habilidades de consciência
fonológica importantes para uma criança se alfabetizar não aparecem com a maturação biológica, como parte do
desenvolvimento corporal. Elas dependem de oportunidades para refletir sobre as palavras em sua dimensão
sonora. Portanto, a escola tem um papel essencial em fomentar seu
desenvolvimento no final da educação infantil e no começo do ensino
fundamental. (Ano 1, p.23)
No entanto, as crianças não devem
ser “barradas” de entrar no
primeiro ciclo se ainda não apresentam certas habilidades importantes de
consciência fonológica. Não se trata de cobrar que a criança tenha alcançado um
estado de “prontidão”, mas de
ela ser desafiada, tendo oportunidades
lúdicas e prazerosas de pensar sobre as palavras, situações nas quais
refletem sobre seus segmentos sonoros.(Ano 1, p.23)
É preciso esclarecer que “consciência fonológica” não é sinônimo de
“consciência fonêmica” ou de “método fônico”, uma vez que o que consideramos
como “consciência fonológica” é mais abrangente que a consciência fonêmica, envolvendo
não apenas a capacidade de analisar e manipular fonemas, mas também, e
sobretudo, unidades sonoras como sílabas e rimas.( Ano 2,
p.10)
REFERÊNCIAS:
LEAL, Telma Ferraz; ALBUQUERQUE,
Eliana Borges Correia; MORAIS, Artur Gomes (orgs.) Alfabetizar letrando na
EJA: Fundamentos teóricos e propostas didáticas. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
Turma Pactuantes do Saber:
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