Com o objetivo de deflagrar um processo de debate, nas
escolas e sistemas de ensino sobre a concepção de currículo e seus
desdobramentos, o MEC através da Secretaria de Educação Básica (SEB) e
Diretoria de Concepções e Orientações Curriculares para a Educação Básica
(DCOCEB) criou esse material e distribuíram às escolas em 2008, composto de 5
eixos organizadores:
- Currículo e Desenvolvimento Humano
- Educandos e Educadores: seus direitos e o Currículo
- Currículo, conhecimento e Cultura
- Diversidade e Currículo
- Currículo e Avaliação
No
momento em que ocorre a implementação do Ensino Fundamental de 9 anos, torna-se
necessário retomar a discussão/reflexão sobre as Diretrizes Curriculares
Nacionais. Torna-se necessário nessa discussão, a busca de novas possibilidades
sobre o currículo, através de questionamentos como: O que é? Para que serve? A
quem se destina? Como se constrói? Como se implementa?
Em
cumprimento ao Artigo 210 da Constituição Federal de 1988, que determina como
dever do Estado para com a educação fixar “conteúdos mínimos para o Ensino
Fundamental, de maneira a assegurar a formação básica comum e respeito aos
valores culturais e artísticos, nacionais e regionais”, foram elaborados os
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
A
liberdade de organização do currículo é conferida aos sistemas através da LDB
nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996: “Os currículos do ensino fundamental e
médio devem ter uma base nacional comum a ser complementada, em cada sistema de
ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da
clientela”.
EDUCANDOS E EDUCADORES: SEUS DIREITOS E O CURRÍCULO
- CURRÍCULO - Os currículos não são conteúdos prontos a serem passados para os alunos. São a construção e seleção de conhecimentos e práticas produzidas em contextos concretos e em dinâmicas sociais, políticas e culturais, intelectuais e pedagógicas.
Concluindo
– esse não pode ser analisado fora da interação dialógica entre escola e vida,
considerando o desenvolvimento humano, o conhecimento e cultura, mas sim vendo
o seu estudante em desenvolvimento (criança, adolescente e jovem em crescimento
que considere seus interesses e de seus pais, suas necessidades,
potencialidades, seus conhecimentos e sua cultura).
- COMO O CURRÍCULO CONDICIONA O NOSSO TRABALHO?
- O currículo, os conteúdos,
seu ordenamento, sequenciação, suas hierarquias e cargas horárias estruturam o
cotidiano das escolas.
O currículo é o pólo estruturante do trabalho na
escola.
-
A estrutura das
escolas é rígida, disciplinada, normatizada,dividida em anos, hierarquias, etc
A
organização do nosso trabalho
está condicionada a organização escolar,
que é inseparável da organização curricular.
-
A nova
consciência profissional dos educadores vem reinventando formas de organizar
seu trabalho.
-
Mudanças
significativas vêm acontecendo nas identidades dos educandos.
- REPENSAR O CURRÍCULO RESPEITANDO AS ESPECIFICIDADES DE CADA TEMPO HUMANO.
-
Como superar a
lógica curricular segmentada?
À
medida que as temporalidades humanas passam a ser o referencial dos processos
de aprendizagem, socialização, formação e desenvolvimento humano.
-
Qual a
centralidade do tempo humano nos processos de ensinar, aprender, formar?
Reconhecer
a centralidade do tempo nos processos de formação nos levará a estar atentos a
como os educandos vivem seus tempos de vida.
-
Como organizar os
currículos de modo a respeitar de modo a respeitar
o
tempo mental, cultural, ético...dos educandos?
Assumir
que nos processos ensinar-aprender se cruzam muitos tempos.
-
Que lugar dar nos
currículos ao direito dos educandos de se conhecerem?
Conhece-te
a si mesmo foi um compromisso da primeira pedagogia.
-
Que lugar dar nos
currículos ao conhecimento dos direitos?
Os
educadores têm direito a conhecer essa história e a conhecer-se nessa história.
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