quarta-feira, 21 de março de 2012

Cangaceiro

Os cangaceiros eram homens
valentes que começaram a agir por conta própria, através das armas, desafiando
grandes fazendeiros e cometendo agressões. Geralmente, os cangaceiros saíam da
lida com o gado.
Eram vaqueiros habilidosos,
que faziam as próprias roupas, caçavam e cozinhavam, tocavam o pé-de-bode
(sanfona de oito baixos) em dias de festa, trabalhavam com couro, amansavam
animais, desenvolvendo um estilo de vida miliciano e, apesar da vida criminosa,
eram muito religiosos.
A astúcia e a ousadia nos ataques
às fazendas e cidades era outra característica desses guerreiros, que quase
sempre saíam vitoriosos das investidas, mas às vezes levavam desvantagem, por
isso tinham uma vida cigana, de estado em estado, de fronteira em fronteira.
Vestiam-se com roupas de
tecido grosso, ou até com gibão, calçavam alpercata, usavam chapéus de couro
com abas largas e viradas para cima, gostavam de lenços no pescoço, de punhais
compridos na cintura, cartucheiras atravessadas ao peito disputando espaço com
as cangas, que eram as bolsas, cabaças e outros suportes, utilizados para
transportar os objetos pessoais.
Pelo Nordeste havia vários
grupos de cangaço, porém o mais famoso foi o de Virgulino Ferreira da Silva, o
Lampião, um pernambucano que desafiou todos os poderes políticos. Ficou
conhecido pela bravura, a qual Luiz Gonzaga venerava e cantava.
(Fonte: www.recife.pe.gov.br)

O cangaço se iniciou entre o século 19 e 20, foi um tipo
de banditismo que se desenvolveu na região do sertão nordestino. Os cangaceiros
eram bandidos e malfeitores, ladrões, assassinos bem armados que conheciam
muito bem sua região, assim saqueavam as fazendas e a população da cidade
impondo suas próprias leis na região que atuavam.
Assim eles conseguiam dominar o sertão com a ajuda da
incompetência das autoridades constituídas, com a ajuda da cumplicidade de
diversos chefes políticos locais e dos grandes proprietários rurais que eram
mais conhecidos como “coronéis”.
Curiosidade do cangaço:

Um dos cangaceiros, o famoso Lampião, se tornou personagem do imaginário nacional,
caracterizado assim como uma espécie de Robin Hood que sempre roubava os ricos
para dar aos pobres. Sua maior característica foi ser pré-revolucionário que
sempre questionava e subvertia a ordem social de sua época e até mesmo da
região.
Nesse sentido o cangaceiro Lampião é considerado heróico, assim
como ocorre atualmente nos morros do Rio de Janeiro e até
mesmo nas periferias de São Paulo, onde os chefes de quadrilhas são
considerados benfeitores de suas comunidades carentes.
História do cangaço
O cangaço se iniciou no século 19, seu auge foi no começo do
século 20 que foi marcado pela ação do bando de Antonio Silvino.
Lampião se tornou líder de uma quadrilha que atuou por duas
décadas em várias estados do nordeste. Assim sua fama ficou conhecida pela
violência e a ousadia, que o levaram a ataques em cidades grandes do sertão
como o ataque na cidade de Mossoró (RN) no dia 13 de junho de 1927. Nessa época
o ataque fracassou, pois a população local conseguiu se defender.
Já na cidade de Limoeiro do Norte (CE) ou em Queimadas (BA) não
aconteceu o mesmo, pois o bando do Lampião conseguiu por alguns dias saquear a
cidade matando sem distinção e até mesmo impondo a sua vontade em todo momento
que permaneceu na cidade.
Com o passar do tempo as polícias estaduais começaram a criar um método de combatê-los, assim foram
chamados de “volantes”. Que eram comandados por policiais de carreira e
formados por soldados temporários.
Em 1938 o governo de Alagoas focou na captura do cangaceiro
Lampião, com ajuda de uma volante comandada pelo João Bezerra que conseguiu
cercá-lo na fazenda de Angicos, que era um refúgio no Estado de Sergipe.
Após vinte minutos de tiroteio, cerca de 40 cangaceiros
conseguiram fugir e apenas onze foram mortos, entre os mortos estavam o líder
do bando e sua mulher conhecida como Maria Bonita. E para você ter uma idéia de como os
cangaceiros foram violentos com a sociedade que atacavam, os onze mortos foram
decapitados e suas cabeças foram transportadas para Salvador (BA) e ficaram
expostas no museu Mina Rodrigues até o 1968 , depois de expostas foram sepultadas.
Após tudo isso o cangaceiro Corisco jurou vingança e continuou á
roubar até maio de 1940, pois foi morto em um cerco policial.

O movimento do cangaço tem uma presença marcante em diversos segmentos
da cultura popular do Nordeste brasileiro. As influências podem ser facilmente
percebidas, merecendo destaque a literatura pela vasta produção sobre o
assunto. Mas essas influências não estão restritas a literatura, elas também
aparecem com bastante força no teatro, na música, nos grupos de bacamarteiros,
na culinária, no artesanato, no cinema, enfim, numa série de manifestações que
retratam o cotidiano popular.
Obs: Pesquisa desenvolvida pela aluna Francielle.
9ºano.
Disciplina de História.
Professora:Raquel.
Escola:Estadual Professor Manuel Rufino.

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