terça-feira, 18 de junho de 2013

Astecas, Maias e Incas:




  Escola Estadual Professor Manuel Rufino
  “Educando para a vida”

Professora: Raquel Natalia V. Mayrink
Francielle Auxiliadora Maurício Neves – 04
Tiago da Silva Roberto – 37
  1° ano A
Urucânia, 17 de Junho de 2013

 
Introdução

Na América, a organização de sociedades mais complexas, como a dos Astecas, Maias e Incas, não ocorreu ao mesmo tempo.
Antes da chegada dos europeus a partir do século XV, calcula-se que havia na América cerca de oitenta e oito milhões de habitantes, divididos em pelo menos três mil nações indígenas. Muitas nações eram aparentadas, outras tinham características bem diferentes. Alguns povos, na verdade a maioria, era seminômade, vivendo da caça, da pesca, da coleta e de uma agricultura muito simples, baseada no cultivo da mandioca e do milho. Outros povos já eram muito avançados, alcançando o estágio de civilização como os maias, os incas e os astecas. 

       Astecas

              Povo

Os astecas (1325 até 1521- a forma azteca também é usada) foram uma civilização mesoamericana, pré-colombiana, que floresceu principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente ao atual México.
Na sucessão de povos mesoamericanos que deram origem a essa civilização destacam-se os toltecas, por suas conquistas civilizatórias, florescendo entre o século X e o século XII seguidos pelos chichimecas imediatamente anteriores e praticamente fundadores do Império Asteca com a queda do Império Tolteca.
Os astecas foram derrotados e sua civilização destruída pelos conquistadores espanhóis, comandados por Hernán Cortez.
O idioma asteca era o náuatle (nahuatl).

Economia

        Ao longo da expansão do povo asteca, a agricultura foi se tornando a sua principal atividade econômica. Mesmo habitando uma região com terrenos alagados, desenvolveram técnicas agrícolas que superavam as limitações naturais da região. Uma interessante técnica agrícola desenvolveu-se com a construção das chinampas.
           As chinampas eram grandes esteiras de junco sustentadas por hastes fixadas no fundo dos lagos. Na superfície da chinampa era depositada a fértil lama encontrada no fundo dos lagos. Dessa forma foi possível ampliar a produção agrícola.
Além disso, os astecas também utilizaram de canais de irrigação que tornavam possível o plantio em regiões menos férteis. O comércio também figurava entre uma das principais atividades da economia asteca. Em grandes mercados, como o de Tlatelolco, pessoas realizavam trocas de artesanatos, alimentos, pequenos animais, utensílios e ervas medicinais. Além de realizarem o comércio através do escambo, também utilizavam a semente do cacau como uma moeda de troca.

  Sociedade

Os Astecas não eram uma sociedade escravista, ou seja, os escravos eram apenas uma pequena parcela da população, isto porque os escravos que trabalhavam eram apenas os camponeses endividados (servos) que não conseguiam quitar suas dívidas, só aumenta-las. Os filhos de escravos não eram escravos e podiam ir à escola.
Os Astecas se dividiam em clãs, os membros dos clãs recebiam um lote de terra ao casar, os garotos podiam se tornar guerreiros (mesmo que fossem filhos de servos ou escravos) e com sorte se tornarem guerreiros jaguar ou águia, o mais alto nível militar, com direitos aristocráticos, parte do grande conselho.
            É interessante o fato de os camponeses poderem se tornar nobres na sociedade Asteca.

Política

           O rei dividia o governo com a Mulher Serpente. Ele era encarregado pelas relações exteriores e assuntos de guerra, ao mesmo tempo a Mulher Serpente respondia pelas leis da cidade, impostos, alimentos e construções.
Também havia um conselho de chefes para orientar o rei e a Mulher Serpente,encarregada de eleger o rei. A Mulher Serpente (na verdade a Mulher Serpente era um homem) era o funcionário mais importante do rei.
A função do rei era receber o tributo das cidades conquistadas, recompensar guerreiros e distribuir cereais ao povo, nas épocas de colheita escassa.

Religião

Desde os indígenas do México, os Astecas foram os que mais cultuaram seus Deuses.
À época da chegado dos Espanhóis, a religião Asteca era uma síntese de crenças e cultos. Os Deuses agrários dos povos agrícolas do centro do México fundiram-se com os Deuses astrais dos povos guerreiros bárbaros. 
Um dos tipos de Cerimônia de Sacrifício Humano era: Que o mais bravo dos prisioneiros de guerra era sacrificado a cada ano.
No dia de sua morte, ele tocava flauta no cortejo. Sacerdotes e quatro belas moças acompanhavam-no.

Cultura

            Embora fossem herdeiros culturais de outras grandes civilizações, os Astecas conseguiram desenvolver técnicas e conhecimentos bastante elevados. A arquitetura sobressaiu na construção de monumentos, diques e aquedutos. Na arte da ourivesaria eram mestres.
Os sacerdotes, astrônomos e astrólogos Astecas tinham com um de seus deveres contemplação do céu e o estudo do movimento dos astros.
Os livros eram importantíssimos, os colégios dos nobres e os palácios possuíam volumosas bibliotecas.
A escrita era uma mistura de ideografia com a escrita fonética, pois alguns caracteres derrotaram idéias e objetos, e outros, designavam sons.
         No Calendário se encontram representadas a cosmogonia e a cronologia dos antigos mexicanos. Ao centro destaca-se o Sol (Deus Tonatiuh) sedento de sangue com o signo nauiollin, símbolo do nosso universo.
Os quatro braços da Cruz de Santo André, correspondentes ao signo Ollin, contêm os símbolos dos quatro antigos Sóis. Em torno destes hieróglifos, círculos concêntricos mostram os signos dos dias (vide abaixo), os anos, representados pelo glifo xiuitl composto de 5 pontos, sendo 4 em cruz e mais outro no meio e, enfim, duas "serpentes de turquesa", isto é, os dois períodos de 52 anos que correspondem aos 65 anos do planeta Vênus, os dois constituindo o ciclo de 104 anos denominado ueuetiliztli ("velhice").
Os astecas tinham conhecimentos precisos sobre a duração do ano, a determinação dos solstícios, as fases e eclipses da Lua, a revolução do planeta Vênus e diversas constelações, como as Plêiades e a Grande Ursa. Eles atribuíam uma atenção especial à mensuração do tempo, numa aritmética que tinha como base o número 20.
Ao fim de cada período de 52 anos, acendia-se o "Fogo Novo" no cimo da montanha de Uixachtecatl. Isto era denominado "liga dos anos". Era comemorado como um verdadeiro "Reveillon" místico com sacrifícios, danças, renovação de utensílio domésticos etc.




O Códice Borbônico asteca mostra os deuses Tezcatlipoca e Quetzalcóatl, este em sua forma de serpente verde devorando um homem. A ilustração mostra a importância do sacrifício humano na religião asteca, assim como a lenda de que Quetzalcóatl, o deus desterrado por Tezcatlipoca, voltaria para comandar os astecas.

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Maias

 Povo
 
Os povos maias constituem um conjunto diverso de povos nativos americanos do sul do México e da América Central: setentrional. O termo maia é abrangente e ao mesmo tempo uma designação coletiva conveniente que inclui os povos da região que partilham de alguma forma uma herança cultural e linguística; porém, esta designação abarca muitas populações, sociedades e grupos étnicos diferentes, cada um com as suas tradições particulares, culturas e identidade histórica.
Estima-se que no início do século XXI esta região seja habitada por 6 milhões de maias. Alguns se encontram bastante integrados nas culturas modernas dos países em que residem, outros continuam a seguir um modo de vida mais tradicional e culturalmente distinto, muitas vezes falando uma das línguas maias como primeiro idioma.
As maiores populações de maias contemporâneos encontram-se nos estados mexicanos de Yucatán, Campeche, Quintana Roo e Chiapas, e nos países da América Central Belize, Guatemala, e nas regiões ocidentais de Honduras e El Salvador.

 Economia

         O milho era considerado um dos principais gêneros agrícolas da dieta alimentar maia. Seu cultivo contava com técnicas bastante desenvolvidas que trabalhavam em um sistema rotativo de terras. Além disso, utilizavam das queimadas para explorarem terras ainda não cultivadas.
O grande consumo do milho e o uso das queimadas faziam com que as terras férteis sofressem um rápido processo de desgaste.
Além do milho, a abóbora, o feijão, o tomate e várias raízes eram alimentos usualmente consumidos pelos maias. A culinária maia também apreciava o uso de temperos e especiarias. A baunilha, a pimenta e o orégano eram produtos utilizados no tempero dos alimentos.
A caça era outra atividade econômica de grande importância. Antas, tartarugas, coelhos, macacos, veados e jaguares eram os principais tipos de caça apreciados. 

                                                             Sociedade

           A sociedade maia tinha uma organização bastante diferente dos demais impérios consolidados ao longo do continente americano. Organizando-se de forma descentralizada, os maias dividiam o poder político entre diversas cidades-Estado. Em cada uma delas, um chefe, chamado de halach vinic, governava a região em nome de uma divindade específica.
Seu poder era repassado hereditariamente e os principias cargos administrativos eram por ele delegados.  Os funcionários públicos da cidade eram todos de origem nobiliárquica e desempenhavam cargos de confiança. Entre outras funções, este corpo de funcionários deveria controlar os exércitos, fiscalizar a arrecadação de impostos e a aplicação das leis.
Outro importante cargo era desempenhado pelos sacerdotes, que orientavam os sacrifícios e oferendas realizadas durante as cerimônias religiosas. Além disso, a classe sacerdotal maia deveria cuidar da disseminação das técnicas e conhecimentos dominados pela civilização. 
Na pirâmide social maia, existia uma ampla camada social intermediária. Nela encontravam-se artesãos e guerreiros que exerciam atividades importantes na manutenção das instituições e da economia maia. Em seguida, situavam-se as classes trabalhadoras responsáveis pelo cultivo das terras e da construção das obras públicas.
O trabalho por eles desempenhado era usufruído por toda a sociedade, tornando-se assim, o sustentáculo da economia maia. Na base da sociedade estavam os escravos, geralmente obtidos por conquistas militares e o não pagamento de tributos. 

                   Política   
                    
           Durante o período clássico, o governante de uma província era chamado Ahau Te’ e os senhores governantes dos povos da província, eram chamados Sahl.     
 No final deste período, já adentrando a era pós-clássica, existiu um governo de províncias confederadas chamado Multepal.
Sob este sistema político existiam duas grandes hegemonias localizadas, primeiramente na cidade de Chichén Itzá e em Mayapán, tempos depois. O comando estava a cargo de vários chefes ligados por um conselho de governo.
                                                              
Religião

Os maias, ao serem influenciados pela tradição cultural dos povos olmecas, difundiram uma concepção de mundo onde a contagem cíclica do tempo era fundamental. A observância do movimento dos astros e dos fenômenos climáticos trazia ao pensamento religioso maia uma noção de que os fenômenos eram marcados por uma repetição. A circularidade temporal influenciava, até mesmo, a origem do homem na terra.
Segundo o Popol Vuh, livro sagrado dos maias, os deuses criaram primeiro os seres que não possuíam consciência de si e, por isso, não poderiam adorá-los. O homem surgiu após dois grandes dilúvios, que varreram as primeiras versões humanas feitas a partir de barro e madeira. Na terceira e última tentativa, os deuses resolveram criar o homem a partir do milho, ofereceram a ele a consciência de si e seu sangue foi obtido dos próprios deuses.
Para merecerem a dádiva de sua própria existência, os homens deveriam reverenciar os deuses.
O mundo terreno seria a base de outros 13 extratos celestiais que representariam uma escada que conduziria os indivíduos à morada dos deuses. Os templos maias, inspirados nesta escada para o céu, possuíam degraus que alcançavam um determinado topo. Durante os rituais religiosos, a subida do sacerdote ao topo do templo representava a aproximação destes homens com os deuses.
Segundo a cosmogonia maia, o mundo era plano e dividia-se entre quatro regiões de diferentes cores.  Além da realizada terrena e celestial, os maias também acreditavam na existência de um submundo habitado pelos mortos. Ah Puch, O Descarnado, era a divindade que controlava esse local.
O principal deus dos maias era Itzmana, considerado o rei dos céus. Ixchel, esposa de Itzmana, era uma deusa responsável pelas chuvas e também pelas inundações.
Os maias ainda faziam reverências a outros deuses e elementos da natureza. Os rituais religiosos eram de suma importância para os maias. Sem essas manifestações, os deuses e o universo poderiam vir a desaparecer. Além de preservar a existência do mundo espiritual, os rituais também deveriam apaziguar as divindades com o oferecimento de flores e alimentos. Outro importante aspecto dos rituais religiosos dos maias envolvia o oferecimento de sacrifício humano e animal.
A principal importância do sacrifício era a oferenda do sangue, que saciaria a fome dos deuses.
Em geral, um escravo, um inimigo de guerra ou uma virgem eram utilizados durante os sacrifícios humanos. Os sacrificados poderiam ter seu coração extraído, ser executado à flechadas ou afogado em um rio.
Durante alguns rituais, a cabeça de um sacrificado era utilizada para a prática de um jogo que representava o movimento e a importância dos astros na manutenção do equilíbrio universal.
Nas cidades maias eram erguidos templos de adoração. Neles ocorriam grandes celebrações públicas que marcavam diferentes épocas do calendário maia. O ano novo, por exemplo, era celebrado por uma diversidade de ritos que faziam referência ao nascimento e à fertilidade.
É importante também citar os rituais funerários, que indicavam a crença maia na vida após a morte. Os mortos eram preparados para uma espécie de viagem para uma outra existência. Nas sepulturas eram colocados alimentos e utensílios pessoais que, segundo a religião maia, poderiam ser utilizados pelo morto durante a sua viagem. Em alguns casos, escravos e mulheres eram juntamente sacrificados para acompanhar o morto durante sua jornada.


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Incas

Povo

A civilização inca foi o resultado de uma sucessão de culturas andinas pré-colombianas e um Estado-nação, o Império Inca ( Tawantinsuyu em quíchua: As Quatro Partes do Mundo) que existiu na América do Sul de cerca de 1200 até a invasão dos conquistadores espanhóis e a execução do imperador Atahualpa em 1533.
O império incluía regiões desde o extremo norte como o Equador e o sul da Colômbia, todo o Peru e a Bolívia, até o noroeste da Argentina e o norte do Chile. A capital do império era a atual cidade de Cusco (em quíchua, "Umbigo do Mundo"). O império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais falado o quíchua.
O padrão de organização social, que denomina de "império teocrático do regadio", semelhente aos formados há mais ou menos dois mil anos na região Mesopotâmia ou às civilizações que se desenvolveram na Índia e China mil anos depois e às civilizações Maias e Astecas na meso-américa
Esse tipo de formação imperial caracteriza-se pela tecnologia de irrigação (regadio), desenvolvendo sistemas de engenharia hidráulica, agricultura irrigada (exceção talvez dos Maias que apenas possuíam o domínio do transporte das águas), metalurgia do cobre e bronze, técnicas de construção (com deslocamento e cortes de pedras até hoje desconhecidos), notação numérica (quipos), escrita ideográfica (no caso dos astecas) e técnicas de comunicação.
Devido ao seu governo centralizado, a organização social do império inca é freqüentemente comparada àquela idealizada por regimes socialistas.

                                                             Economia
 
O comércio dos incas era precário, não havia moeda. Mas havia feiras de troca, onde se trocavam alimentos por outros alimentos ou receber alimentos em troca de serviços prestados. Na maioria das vezes, isso era dispensado, porque o povo era autossuficiente. Utilizavam de um sistema numérico desenvolvido por eles um equipamento para ajudar a contagem: três cordas equivale a dezena, centena e milhar, chamada “quipes”. Apenas alguns funcionários especializados tinham acesso e os manipulavam.
Os camponeses e artesãos garantiam a circulação de mercadorias que geravam uma rica cultura material.
A agricultura foi marcada por ser bastante desenvolvida naquela época. Na agricultura utilizavam-se plantações em quatro regiões produtivas: a serra,a costa e a margem da selva.
Na serra com uma altitude de 3500 metros é uma zona fria e seca, necessitando de escavações nas ladeiras das serras para formar pequenos aterros suportados por muros de pedra.Sobre eles se colocava terra boa e adubo(produzido pelas aves marinhas).Eram irrigados por meio de canais.Os alimentos produzidos eram milho,arroz peruano e coca.
Na puna, uma região fria e desértica, a mais de 5000 metros de altura havia  a criação de alpacas e lhamas e se cultivava batata e pimentão.A irrigação era natural, por meio do descongelamento.
Na costa, uma região árida e seca, da onde se obtinha mariscos, peixes, abóbora, abacates, cacau e amendoim, usavam-se canais de irrigação construídos e para a fertilização da terra.
Na margem da selva, uma zona úmida e quente, obtinham-se produtos tropicais como: frutos, ervas comestíveis, fungos, mel, aves, rãs, lebres e madeira.
Na costa das montanhas, nos degraus formados nelas (terraços), os incas plantavam feijão e milho (alimento sagrado) por meio de canais de irrigação (por meio de diques e aqueduto) em todas as regiões produtivas, em que o curso do rio seguia para as aldeias. Para semear tais regiões situadas em qualquer relevo, eram usadas umbas tão pontiagudas, já que desconheciam o arado.
Os animais, como lhamas, uicunhas e alpacas eram utilizados na fabricação de lã e couro (gado) e ainda auxiliavam no transporte. Porcos e cachorros-do-mato eram considerados em importância secundária.
Entretanto, havia uma hierarquia: o Imperador possuía uma propriedade: a terra; que era repartida entre os seus súditos.
As terras reservadas ao Inca e aos sacerdotes eram cultivadas pelos camponeses, que recebiam terras suficientes para subsistir. Eram doadas por funcionários que compunham o “ayllu”, uma comunidade agrária em que havia trabalho agrícola, serviço militar e demais obras organizadas por um líder mais velho denominado curaca. Cada uma possuía um grande armazém que estocava alimentos e roupas, utilizados em qualquer eventualidade.

Sociedade
 
A sociedade inca caracterizava-se por três grandes grupos sociais. No ápice da pirâmide temos o grande Inca o qual realizava o culto ao Sol. Os sacerdotes eram responsáveis por sacrifícios, adivinhações e também pela educação de jovens nobres.
Em seguida vinham os nobres que geralmente eram membros da família do Inca, ou descendentes dos chefes de clãs que passaram a integrar o império. Foram chamados de orejones pelos espanhóis porque usavam olhereiras.
Os yanaconas eram uma espécie de escravos selecionados entre prisioneiros de guerra ou populares que eram encarregados de proteger seus senhores, administrarem terras do Templo do Sol e os armazéns de abastecimento.
Somente altos funcionários e chefes militares podiam ter a seu serviço os yanaconas os quais, é importante lembrar, podiam possuir bens, o que não nos permite confundi-los com escravos. Apenas um dos filhos do yana era escolhido para continuar a atividade do pai. Alguns viviam em meio ao fausto de Cuzco enquanto outros serviam curacas pobres em regiões distantes.
Algumas mulheres também eram escolhidas para serem educadas nos monastérios do Sol por mulheres mais velhas e descendentes da etnia dos incas. Algumas se tornavam esposas secundárias do imperador, outras eram dadas em casamento a quem o imperador desejasse e outras permaneciam virgens para poder participar do culto solar. Ao lado da atividade ritual estas mulheres também se dedicavam a fiar e a tecer. O número delas por vezes era tão grande (perto de 2000 mil), que permitia uma produção que escapava a política de reciprocidades tradicionais. O mesmo ocorria com a produção dos yana favorecendo a desagregação das antigas formas de solidariedade social.
Portanto as relações sociais estavam em transformação indicando uma tendência de transformação do Estado. O povo tinha um papel extremamente importante na sociedade na medida em que era responsável pela sobrevivência alimentar através do cultivo da terra e, também, pelas guerras que faziam parte das formas de controle da produção em uma área bastante extensa.
            As terras eram divididas em três partes. Os produtos obtidos do cultivo da primeira parte eram oferecidos ao culto do Sol, os da segunda parte para o Inca e os da terceira parte para a comunidade.

  Política

Todo inca era obrigado a trabalhar para o império em prol da prosperidade do mesmo e seu dever com os deuses.
O modo de produção era semelhante ao asiático, ou seja, a base da economia era a agricultura, exercida por camponeses com o direito e dever de cultivar as terras de sua comunidade.
Não havia apenas uma moeda; a compra e venda era feita por meio de trocas e escambo, o qual usualmente envolvia sementes, conchas e outras mercadorias. Havia pouca troca à base de “moeda”.
 
 
As diferentes classes se relacionavam através de, por exemplo, o ato do inca oferecer esposas aos curacas, e estes oferecerem esposas secundárias ao imperador.
A complexidade não era apenas na divisão populacional. No tahuantinsuyu também era assim: o território total era dividido em 4 partes, chamadas de suyus.
O suyu do norte era chamado de chicasuyu, o do sul era Kollasuyu, do leste Antisuyu e do oeste, Kuntinxugu. Cada um era um reino independente, liderado por um Apu. Os Suyus eram divididos em grandes estados e cada um tinha um governador.
Os estados, por sua vez, eram divididos em regiões, que podiam ser cidades ou aldeias habitadas por Ayllus. Quando alguém nascia, recebia uma quantidade de terra suficiente para seu sustento. Quando morria, a terra era devolvida ao governo.
 

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Conclusão

Quando Colombo chegou à América, aproximadamente em 1492, encontrou o continente habitado há muito tempo por várias civilizações e povos. Os povos pré-colombianos apresentavam diferentes estágios de desenvolvimento cultural e material, classificados em sociedades de coletores, caçadores e sociedades agrárias.
Dentro desse segundo grupo, três culturas merecem maior destaque: os Astecas, Incas e Maias. Alcançaram notáveis conhecimentos de astronomia e matemática, além de dominar técnicas complexas de construção, metalurgia e cerâmica e diferentes técnicas na agricultura. 
Dessa forma, enquanto o fim da cultura maia é até hoje um mistério, sabemos que os povos astecas e incas decaíram perante a conquista espanhola.
 

Bibliografia

·        Wikipédia, a enciclopédia livre.

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