quarta-feira, 16 de abril de 2014

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa /2013




JOGOS PARA ALFABETIZAÇÃO
Autora – Maria Tereza Silva Cruz
Apresentação

            O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um acordo formal assumido pelo governo federal, estados, municípios e entidades com o objetivo de firmar o compromisso de alfabetizar crianças até oito anos de idade.
O papel da escola quando se trata do processo de alfabetização é ensinar o sistema de escrita e propiciar condições de desenvolvimento das capacidades de compreensão e produção de textos orais e escritos. Isto é, desde os primeiros anos de escolarização, espera-se que os docentes planejem situações de escrita alfabética e possibilitem o acesso aos textos escritos de modo a garantir a inserção social em diversos ambientes e tipos de interação.
Sendo a instituição escolar um espaço plural, a diversidade tem que ser considerada parte de sua essência, isso implica na ampliação do universo cultural das crianças, por meio da apropriação de conhecimentos relativos ao mundo social e da natureza.
...cada professor, com base no seu conhecimento construído ao longo da sua trajetória, pode criar diferentes caminhos que poderão fazer parte da sua prática pedagógica, estando incluídos nesse processo variados discursos (n ão apenas os que estão na ordem do dia) (FERREIRA, 2005, p.75).
Dessa forma, os saberes docentes, segundo Tardif (2001), são de natureza diversa. Dentre esses, os saberes da experiência, que se constituem no cotidiano e no exercício da docência, parecem ser os mais disponíveis ao professor para enfrentar o dia a dia da sala de aula, quando as funções se alteram em função da diversidade nas necessidades das crianças.
Diante de tais colocações, reconhecendo como um dos princípios fundamentais do Pacto: que a ludicidade e o cuidado com a


Fundamentação teórica
 
Os Jogos se configuram como atividades lúdicas desenvolvidas como recurso em várias modalidades da atividade pedagógica atrelado à mediação do docente. Atividades que envolvem o brincar com a língua, já são desenvolvidos pela criança, mesmo antes da escola. Na escola, vários jogos podem ser desenvolvidos com o objetivo de promover a apropriação e consolidação da alfabetização.
É uma das práticas que muito contribui para o desenvolvimento do Sistema de Escrita Alfabético, não existe um eixo específico que possa ser mais explorado, pois todos eles proporcionam, reflexões, contemplando diferentes unidades linguísticas, portanto cabe ao professor planejar e escolher de acordo  com os objetivos da sua aula(leitura, produção de textos escritos, oralidade, análise linguística, discursividade, textualidade e normatividade, análise linguística, apropriação do SEA.
Portanto, a escolha do trabalho com jogos, é justamente por acreditar que são importantes aliados do professor, por contemplar ações como reflexão, sistematização e consolidação dos direitos de aprendizagem, além de diversas formas de agrupamento dos alunos, conciliando a aprendizagem da apropriação do Sistema da Escrita Alfabética.

Descrição das atividades e forma de avaliação
 
A atividade trabalhada foi o jogo Letra por Letra inventado pela professora regente Maria Tereza Silva Cruz que teve como objetivos principais:                                                                                           _ Segmentar letras em palavras. _ Identificar letra por letra em uma palavra.                                            _ Ativar a memória visual e a fala. _ Comparar palavras identificando semelhanças e diferenças sonoras entre elas.  _ Compreender que palavras são formadas por unidades menores e que cada fonema corresponde a uma letra ou conjunto de letras.
Os objetivos listados vêm de encontro com os direitos de aprendizagem da Língua Portuguesa nos eixos: Oralidade – Participar de intervenções orais em sala de aula, questionando, sugerindo, argumentando e respeitando os turnos da fala.   Analise Linguística Discursividade, textualidade e normatividade              – Conhecer e fazer uso das grafias de palavras com correspondências regulares diretas entre letras e fonemas (P,B,T,D,F,V).   Apropriação do S.E.A. – Segmentar oralmente as sílabas de palavras e comparar quanto ao tamanho.
Os materiais usados foram:  - 26 fichas contendo desenhos variados.                                                 -  1 cartela com nomes de todas as crianças da turmas para registro dos pontos.
A atividade segue os seguintes passos:  1- Pedir que as crianças façam um círculo se assentando no chão. 2- Colocar no centro do círculo as fichas organizadas num monte com a face virada para baixo.  3- A professora ficará de posse da cartela para anotar os pontos.4- Sorteia-se uma criança para iniciar.  5- A criança sorteada deverá retirar do monte uma ficha, observar a figura, mostrar aos colegas e, depois, pronunciar letra por letra da palavra. 6- Se acertar, marcará um ponto.7- Se errar, a primeira criança da esquerda poderá pronunciar a palavra se souber. 8- Pode-se dar até 3 chances com a mesma palavra, se  ficha do jogo e continua a brincadeira.9- Explicar que cada um terá a sua vez de falar, não podendo no momento que o colega tiver pronunciando, interrompê-lo.10- Assim que a palavra for pronunciada corretamente, escrevê-la no quadro. 11- Prossegue o jogo sempre com a criança da esquerda, seguindo os passos anteriores. 12- Termina o jogo quando terminarem as cartas e conta-se os pontos para se conhecer o vencedor. Observação: Após terminar o jogo, fizemos comparações de palavras quanto (ao tamanho, estrutura silábica, ordenando-as em ordem alfabética e escrita de frases e texto).
Durante todo o jogo pude também avaliar o aprendizado através das intervenções feitas pelos colegas; da satisfação causada no momento da participação; a participação de todos sem restrição de nenhuma criança, mesmo quando a palavra não era pronunciada corretamente e das interações entre elas, causando questionamentos.

Avaliação dos resultados

Avaliar é sempre uma tarefa muita complexa, pois não a podemos fazer de forma fragmentada, sem considerar o aluno como um todo.
Deve acontecer de forma processual, dinâmica e formativa de maneira que possa estar voltada para a redefinição permanente das prioridades e do planejamento contínuo do fazer pedagógico.
Foi assim que me posicionei diante da avaliação dessa atividade, enquanto os alunos participavam, observei o comportamento de cada um, tendo em vista o cumprimento dos objetivos propostos, chegando as seguintes constatações:  - todas as crianças participaram da atividade sem restrição de nenhuma delas;     – o bom relacionamento e o entrosamento entre elas;  – as crianças que estavam num nível inicial de escrita, não se sentiram constrangidas ao pronunciar as letras da palavra e errar, pois estavam construindo hipóteses e arriscando possibilidades; – as discussões em torno de palavras com irregularidades ortográficas possibilitaram crescimento;    - compreensão de diferenças e semelhanças entre palavras;                     - percepção de que palavras podem ter sons iguais, mas escrita diferente.                                                                              
É importante lembrar que num jogo, assim como em qualquer outra atividade, o professor não terá nunca uma avaliação com aproveitamento de 100% dos alunos, pois devemos levar em conta o nível que cada um se encontra, daí a necessidade de se fazer uma avaliação cautelosa para garantir a aprendizagem e não punir os que não aprenderam.
Concluindo, a avaliação da atividade foi muito boa, com resultados positivos já citados, sendo que, os alunos que se encontram numa fase mais avançada puderam compartilhar e contribuir para o avanço daqueles que estão numa mais inferior.

Considerações finais

Realizar esse trabalho pra mim foi muito prazeroso, pois pude comprovar através da participação ativa de todos, o interesse e, consequentemente, a aprendizagem resultante desse momento, além de reconhecer também, o seu grande valor pedagógico.                                   
Atualmente, os jogos são utilizados nas diferentes áreas do conhecimento, mas para integrar jogos e brincadeiras na rotina da sala de aula, é preciso que o professor defina o momento, a forma de brincar, o objetivo da brincadeira para contemplar o aprendizado de todas as crianças.
Nessa direção, é importante planejar as atividades, com o objetivo principal de fazê-los aprender a dominar tudo aquilo que julgamos importante ao seu aprendizado, levando em consideração as diferenças individuais.
O PACTO Nacional tem apresentado até aqui, relevantes contribuições e incentivo ao trabalho com jogos na alfabetização, apresentando textos significativos para estudo e discussão em torno do assunto e materiais de suporte para uso contínuo, na sala de aula.

Referências

TARDIF, Maurice. Didática, currículo e saberes escolares. Rio de Janeiro DP&A, 2001, 2ª ed. P.234.
FERREIRA, Andréa Tereza Brito, 2005, p.75. Formação continuada do professores: questões para reflexão. Belo Horizonte: Autêntica.
s crianças são condições básicas no processo de ensino e aprendizagem e os saberes da minha experiência pedagógica, resolvi focar meu trabalho em Jogos para Alfabetização, considerando-os como ferramenta necessária e indispensável para introduzir, aprofundar e consolidar os direitos de aprendizagem em qualquer disciplina e não apenas em Língua Portuguesa.




Seminário.
Relatando os  jogos para alfabetização.


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