sábado, 8 de fevereiro de 2014

Teatro: A Pipa e a Flor.


Escola Municipal Manoel Mayrink Neto
 
“Aprendendo para a vida!”

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

Professora: Andréa
3° ano / 2013.







Teatro

A pipa e a flor

(CELENA) Narrador – A pipa e a flor é uma história do escritor Rubem Alves. É uma historia de amor: uma pipa se apaixonou por uma flor, e uma flor se apaixonou por uma flor, e uma flor se apaixonou por uma pipa. Mas elas apaixonaram de maneiras diferentes. A pipa gostava de voar, flor gostava de abraçar.

Todos: - Ô pipa boa! Como é levinha e travessa! Como sobe alto... Fica brincando com o perigo. Cuidado com os fios e os galhos de árvores!

(MARCOS) Pipa – Vocês não pegam vocês não me pegam!

(LORENA) Narrador – Amigos, a pipa tinha aos montões. E seus olhos iam agradando a todos eles, sempre com aquela risada gostosa, contando casos.

(MARCOS) Pipa – Oi amiguinhos! Tudo Bem! Aqui de cima a visão é maravilhosa. Veja tudo que está acontecendo aí em baixo.

(NATÁLIA) Narrador – Mas aconteceu que, um dia, ela estava começando a subir, correndo de um lado para o outro no vento, quando olhou para baixo e viu, lá um quintal, uma flor: A pipa já havia visto muitas flores. Só que dessa vez seus olhos e os olhos da flor se encontraram, e ela sentiu uma coisa estranha. Não, não era a beleza da flor: Já vira outras, mais belas. Eram olhos...

Todos: - Há olhos que agradam, acariciam a gente como se fossem mãos. Outros dão medo, ameaçam, acusam. Tem também olhos que colam, hipnotizam, enfeitiçam...

(CELENA) Narrador – Foi isso que aconteceu com a pipa. Ela ficouenfeitiçada. Não queria mais ser pipa.

(MARCOS) Pipa – Ah! Ela é tão maravilhosa! Se eu pudesse ficaria de mãos dadas com ela pelo resto de minha vida!

(LORENA) Narrador - E a pipa resolveu mudar de dono, Aproveitando-se de um vento forte, deu um puxão repentino na linha, ela arrebentou e a pipa caiu devagarzinho, ao lado da flor.
Todos – Todos assopram bem fortes.

(NATÁLIA) Narrador – E a flor segurou forte a linha da pipa. Agora, com linha nas mãos da flor, a pipa pensou que voar seria mais gostoso. E a pipa pediu:
Pipa: Florzinha, me faz voar.

(CELENA) – E a florzinha fez a pipa voar. A pipa subia bem alto e seu coração batia feliz.
Todos – Quando se está lá no alto, é bom saber que tem alguém esperando lá embaixo.

(LORENA) Narrador – Mas a flor, aqui de baixo percebeu que estava ficando triste. Não que estivesse triste. Ela estava ficando com raiva.

(NATALIE) Flor – Que injustiça! A pipa voa tão alto. E eu felicidade da pipa.

(NATÁLIA) Narrador – E a flor teve inveja e raiva ao ver a felicidade da pipa.

(NATALIE) Flor – Se a pipa me amasse de verdade, não poderia esta feliz lá em cima, longe de mim. Ficaria o tempo todo aqui comigo.

Todos – E a inveja juntou-se ao ciúme.

Inveja é ficar infeliz vendo as coisas bonitas e boas que os outros têm, e nós não.

Ciúme é a dor que dá quando a gente imagina a felicidade do outro, sem que a gente esteja com ele.

(LORENA) Narrador – E a flor começou a ficar malvada. Ficava emburrada quando a pipa chegava. E exigia explicações de tudo.

(NATALIE) Flor – O que você faz tanto tempo lá em cima? Por que não volta depressa para ficar junto de mim?

(MARCOS) Pipa – É que encontrei com alguns amigos e ficamos conversando.

(NATALIE) Flor- Seus amigos são mais importantes do que eu?

(LORENA) Narrador – E a pipa começou a ter medo de ficar feliz, pois sabia que isso faria a flor sofrer. E a flor foi, aos poucos encurtando a linha. A pipa não podia mais voar. Via ali do baixinho, de sobre o quintal (essa era toda a distância que a flor lhe permitia voar), as outras pipas, lá em cima... E sua boca foi ficando triste. E percebeu que já não gostava tanto da flor, como no inicio...

Todos – Esta historia não terminou. Esta acontecendo bem agora, em algum lugar... E há três jeitos de escrever o fim. Você é quem vai escolher.

(NATÁLIA) Narrador – Primeiro: A pipa ficou tão triste que resolveu nunca mais voar.

(MARCOS) Pipa – Não vou te incomodar com meus risos flor, mas também não vou te dar a alegria do meu sorriso.

(NATÁLIA)Narrador – E assim ficou, amarrada junto à flor, mais longe dela do que nunca, porque seu coração estava em sonhos de voos e nos risos de outros tempos.

(CELENA) Narrador – Segundo: A flor, na verdade era uma borboleta que uma bruxa má havia enfeitiçado e condenado a permanecer fincada no chão. O feitiço só se quebraria no dia em que ela fosse capaz dizer não a inveja e ao ciúme, e se sentisse feliz com a felicidade dos outros. E aconteceu que um dia, vendo a pipa voar, ela se esqueceu de si mesma por um instante e ficou feliz ao ver a felicidade da pipa. Quando isso aconteceu, o feitiço se quebrou e ela voou, agora como borboleta, para o alto, e as duas, pipa e borboleta, puderam brincar juntas.

(NATÁLIA) Narrador – Terceiro: A pipa percebeu que havia mais alegria na liberdade de antigamente que nos abraços da flor. Porque aqueles eram abraços que amarram. E assim, num dia de grande ventania, e se valendo de uma distração da flor, arrebentou a linha e foi em busca de outra mão que ficasse feliz vendo – a voar nas alturas.


  



Professora Andréa e seus anos.

Obs.: Esse trabalho foi realizado após desenvolver a sequência didática a “Pipa e a Flor” (Cantinho de Leitura do 3° ano). Desejo que a professora Andréa continue realizando trabalhos dinâmicos onde possa cada dia despertar o gosto pela arte.

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